News

Confinamento fez aumentar a procura de moradias

Confinamento fez aumentar a procura de moradias, terrenos e quintas

Procura de espaços maiores cresceu em relação a 2019, tanto para compra como para arrendamento.

O tempo que estivemos confinados em casa em 2020 fez-nos dar mais valor à nossa casa, mas também nos ajudou a perceber as suas falhas. A maior parte das famílias não tem em casa o espaço necessário para ter também escritório, escola, ginásio e parque de diversões. Por isso vimos os feeds das redes sociais encherem-se de gente em arrumações e obras em casa.

Um estudo publicado pela Imovirtual a 3 de fevereiro diz que a procura de moradias, terrenos, quintas e herdades aumentou em 2020, quando comparado com o ano anterior. Isto aconteceu no global do ano todo, mas também — e em especial — nos meses de confinamento.

 

Só durante o confinamento, a procura de moradias para compra aumentou 33,1% face ao ano anterior. O maior aumento foi mesmo o das quintas e herdades, com 51,6%, seguido dos terrenos, com 50,3% de aumento. Estes números são ainda mais expressivos quando olhamos para os dados das pesquisas de arrendamento ainda durante o mesmo período: 38,9% para as moradias, 66,3% para as quintas e herdades e 84,7% para os terrenos.

Quando analisamos o total anual de 2020 face a 2019, os aumentos na procura de moradias para compra foram na ordem dos 24,2%, das quintas e herdades foi de 34,8% e dos terrenos ficou pelos 21,5%. No caso das procuras para arrendamento, as moradias tiveram um aumento de 30,9%, as quintas e herdades de 60,6% e os terrenos chegaram aos 41,6%.

“Ao longo do ano passado identificámos uma tendência dos portugueses em procurarem imóveis de maior dimensão no sentido de terem melhores condições para enfrentarem os confinamentos que têm sido declarados pelo Governo. Neste sentido, quisemos fazer uma análise mais global e perceber, objetivamente, qual a dimensão desta variação da procura e oferta e se, de facto, os números são bastante significativos”, disse em comunicado o Diretor Geral do Imovirtual, Ricardo Feferbaum.

A avaliar pelos dados já recolhidos ao longo do primeiro mês de janeiro, é provável que a tendência venha a manter-se ao longo deste ano.

Fonte: nit.pt